Quando somos vulneráveis e conquistáveis

10/06/2012 22:13

 

Partiram os cinco homens, e chegaram a Laís, e viram que o povo que havia nela estava seguro, segundo o costume dos sidônios, em paz e confiado. Nenhuma autoridade havia que, po r qualquer coisa, o oprimisse; também estava longe dos sidônios e não tinha trato com nenhuma outra gente. Jz 18:7

Então os cinco homens saíram dali e foram para a cidade de Laís. Chegando lá, viram que o povo daquele lugar vivia em segurança, como os sidônios. Eram pacíficos e calmos e não tinham brigas com ninguém. Eles tinham tudo o que precisavam. Moravam longe dos sidônios e viviam afastados dos outros povos. NTLH

 

O livro de Juízes é um livro incomum. Talvez seja o livro mais sombrio de toda a Palavra de Deus. Nele vemos as consequências da inconstância espiritual.

No capítulo 18 de juízes encontramos a tribo de Dã buscando um lugar na terra da promessa. Os líderes enviaram cinco homens de valor para procurar uma terra que eles pudessem tomar por herança. Esses espias, então, apresentam um relatório aos líderes sobre o povo da terra, a disposição da terra, e a energia necessária para tomá-la. Estes cinco homens entraram na cidade de Laís.

As observações que os espias fizeram sobre a cidade de Laís e os seus habitantes são encontradas no versículo 7. Os cinco espias informaram que aquele era um lugar tão mal governado e tão mal guardado, que seria uma presa muito fácil para o invasor.

Havia muito incentivo para ir contra a cidade. Eles apresentam a cidade como algo desejável, mas acima de tudo eles apresentam a cidade como facilmente conquistável.

Foram necessários somente 600 homens para conquistar Laís. Era uma centésima parte da tribo. Quando eles entraram em Canaã dos danitas eram mais de 64.000. Mas apenas 600 foram necessários para conquistar Laís (Jz 18:21).

Ao comparar o versículo 7, com 27 e 28, encontramos quatro razões porque aquela cidade pôde ser tão facilmente conquistada. Essas mesmas coisas que fizeram esta cidade vulnerável, são as mesmas coisas que podem nos levar à queda também.

 

1. Estavam seguros

Laís era uma cidade mal protegida. O povo de Laís era descuidado, tranquilo e seguro, as suas portas eram deixadas abertas e os seus muros eram frágeis. Este fato não os incomodava. Eles eram auto-confiantes. Eles não tinham nenhuma apreensão de qualquer perigo.

O excesso de segurança e tranquilidade nos torna desleixados e vulneráveis.

A segurança pode ser um sinal de fé, quando dependemos de Deus. Mas a segurança excessiva é um sinal de orgulho. Quando estamos demasiadamente seguros nos tornamos descuidados.

Muitos são levados à destruição por seu orgulho. Satanás ganha vantagem contra nós quando somos orgulhosos. Obadias 3 diz: “O orgulho do teu coração te enganou”.

A soberba do teu coração te enganou, ó tu que habitas nas fendas das rochas, na tua alta morada, e dizes no teu coração: Quem me deitará por terra? Ob. 1:3

O orgulho é uma pedra na qual muitas pessoas tropeçam.

Provérbios diz que “A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda.”

A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda. Pv. 16:18

Antes da ruína, gaba-se o coração do homem, e diante da honra vai a humildade. Provérbios 18:12

O orgulho leva a uma vida descuidada e a uma vida de subterrâneos e com isso vem a destruição.

Estar seguro também significa estar acomodado. Quando não há desafios ou problemas a enfrentar nos tornamos como uma cidade sem muros.

 

2. Estavam em paz e confiados

Levaram eles o que Mica havia feito e o sacerdote que tivera, e chegaram a Laís, a um povo em paz e confiado, e os feriram a fio de espada, e queimaram a cidade. Jz 18.27

Isso significa que não tinham nenhum tipo de conflito.

Pode parecer estranho, mas o conflito é o sinal de uma vida saudável. Uma das coisas mais sérias é quando não há conflito algum em nossa alma.

Onde não há conflito não há crescimento e nem mudança. Onde não há conflito não há nada acontecendo.

 

3. Não estavam sujeitos a ninguém

Não havia magistrado na terra que pudesse confrontá-los e expor a condição deles.

Aqueles que vivem sem governo civil são destituídos dos meios que Deus designou para coibir os maus e incentivar os bons e para proteger-nos das agressões do outro.

Cada homem fazia aquilo que queria fazer. Não havia nenhuma autoridade sobre eles. A autoridade é essencial para a paz e a prosperidade de uma pessoa, uma igreja, um povo e uma nação. Nunca é seguro para um homem fazer apenas o que é reto aos seus próprios olhos.

Nós somos governados pelo Espírito de Deus, pela sua Palavra e pelo líderes da casa de Deus.

O povo de Deus precisa ser um povo guardado e coberto pela autoridade espiritual.

Aquele que nunca consegue se submeter a ninguém é alguém facilmente conquistável.

 

 

4. Estavam sozinhos

Ninguém houve que os livrasse, porquanto estavam longe de Sidom e não tinham trato com ninguém; a cidade estava no vale junto a Bete-Reobe. Reedificaram a cidade, habitaram nela. Jz 18.28

A solidão nos faz vulneráveis.

N versículo 28 lemos que eles não se importavam com ninguém, e, portanto, ninguém se importava com eles. Eles presumiam que podiam viver sozinhos sem ajuda ou companheirismo.

Jesus reconheceu a necessidade de companheirismo quando enviou os 12 de dois em dois. O Pai reconheceu a necessidade de companheirismo quando fez uma auxiliadora idônea para Adão. O Espírito Santo reconheceu a necessidade de companheirismo, quando Ele disse no livro de Atos: “Separai-me Barnabé e Saulo para a obra que os tenho chamado.”

A cidade de Laís caiu porque ninguém se importou. Eles achavam que não precisavam de ninguém.

O homem não foi feito para viver isolado. As pessoas precisam de comunhão, e a igreja é um corpo cheio de vida e comunhão.

Você não pode isolar-se da igreja sem se tornar vulnerável ao maligno.

Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante.  Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade. Eclesiastes 4:9.

 

n  Precisamos uns dos outros quando se trata de trabalho (9)

n  Precisamos uns dos outros quando se trata de caminhar (10)

n  Precisamos uns dos outros quando se trata de calor (11). Nada como a comunhão para manter o coração quente. (Hist.. porco espinho)

n  Precisamos uns dos outros quando se trata de guerra (12)

Em um cartoon Lucy exigiu que Linus mudasse o canal de TV, ameaçando-o com seu punho, se ele não o fizesse. “O que faz você pensar que pode assumir o controle?” Linus perguntou Lucy.

“Estes cinco dedos”, respondeu Lucy. “Individualmente não são nada, mas quando eu os enrolo juntos, eles formam uma arma terrível.”

“Qual canal você quer?”. Resignou-se Linus.

Lembre, existe força na comunhão na igreja!

Os cinco espias da tribo de Dã reconheceram que a cidade de Laís era uma cidade fácil de derrotar. Não houve problema em tomar aquela cidade porque era um povo despreocupado, decuidado e sozinho.

Você será um alvo fácil para o diabo, se permitir que essas quatro coisas entrem em sua vida.